quarta-feira, 2 de maio de 2012

Bom dia gente!
E reiniciar uma semana logo após um feriado em plena terça-feira é mais difícil né?? Hoje recebi uma mensagem bem bacana que fala um pouco sobre o cooperativismo entre as pessoas, assunto bastante esquecido e que por sinal o ano de 2012 foi eleito pela UNESCO como o ano Internacional do Cooperativismo. Representa uma oportunidade para, juntos, com base na participação, na democracia e na solidariedade, na independência e no desenvolver da autonomia de nossos alunos, consigamos compartilhar experiências que nos levem a vivenciar cada vez mais este tema.. E vamos á leitura.. Abraços!

Ubuntu, uma lição fácil de aprender, melhor ainda de viver


GRANDE DESCOBERTA DE UM ANTROPÓLOGO EM VIAGEM AFRICA - Ubuntu...
 
A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz acontecido em Floripa,  no ano de 2006, contou o seguinte caso:

Um antropólogo estava estudando os usos e costumes de uma tribo na África chamada Ubuntu. Quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta para casa. O transporte iria demorar, então ele resolveu propor uma brincadeira para as crianças.

 
Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.

As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e a comerem felizes.

O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces. Elas simplesmente responderam:

"Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"


Meses e meses estudando essa tribo e ainda não havia compreendido, de verdade, a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição.


Ubuntu fala sobre a noção de comunidade que, infelizmente, muitos de nós perdemos pelo caminho, em algum momento. É aquele sentimento de solidariedade, gentileza, respeito, tolerância e pertencimento que faz das relações, atitudes e comportamentos humanos experiências ricas, únicas, transcendentais.
Para o arcebispo Desmond Tutu, prêmio Nobel da Paz, Ubuntu é um dos presentes da África ao resto do mundo. Envolve hospitalidade, cuidado com os outros, ser capaz de dar um passo a mais pelo bem dos outros. “Acreditamos que uma pessoa é uma pessoa através de outras pessoas, que minha humanidade está vinculada indissoluvelmente à sua. Quando desumanizo você, inexoravelmente me desumanizo. O ser humano solitário é uma contradição em termos, portanto, trabalhe para o bem comum porque sua humanidade vem de sua própria pertença”, diz ele.
. Em poucas palavras, Ubuntu conecta os seres humanos, destrói a indiferença diante da dor do outro, incorpora a troca de sorrisos com o vizinho como um indicador de bem-estar, saúde e qualidade de vida.
E tenha certeza: a solidão que muitas pessoas sentem como uma angústia profunda é falta de Ubuntu, desse algo que nos acolhe como uma lareira em dias frios.Nós apenas podemos ser humanos quando estamos juntos. Esse é o único jeito.
Entendeu o que é Ubuntu? Talvez você, tanto quanto eu, ainda tenha dúvidas e fique inseguro ao tentar explicar a alguém o que é, afinal, Ubuntu. Apesar disso, o espírito dessa prática filosófica, digo por mim, tocou-me profundamente. Ubuntu significa: Sou quem sou, porque somos todos nós . É bonito, não?

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Bom dia a todos!!
Estava procurando uns textos mais atuais para compartilhar com vocês que são pais e educadores e finalmente achei um que realmente valesse a pena! O texto é de Maria Tereza Maldonado e em seu site podemos achar muuuuita coisa interessante..Eu amei a leitura, e vcs?? Aguardo reações!!! Bjs e boa semana! 


“MAS TODO MUNDO FAZ!”, “MAS TODO MUNDO TEM!”



Esses são argumentos poderosos que os filhos utilizam, há algumas gerações, para testar os limites que os pais colocam. Muitos se sentem pressionados e cedem, temendo que os filhos sejam excluídos do grupo de amigos. Lembram-se de se sentirem humilhados e inferiorizados quando eram desprestigiados por seus próprios pares quando não tinham a mochila ou a calça da marca valorizada na época, com raiva dos pais que lhes negavam o acesso aos bens de consumo que representavam o passaporte de aceitação no grupo. E, agora, sofrem ao verem os filhos com medo de serem rejeitados e excluídos.
Dependendo da época, mudam os conteúdos, mas o processo é idêntico: roupas, tênis, mochilas e estojos de marca continuam sendo prestigiados na nossa sociedade de consumo, mas outros bens passaram a ser incluídos na lista: smartphones, iPads, iPods, entre outros. Após uma palestra em uma escola de classe média alta fui cercada por um grupo de mães preocupadas com suas filhas de dez anos que se sentiam excluídas do grupo por não estarem tão conectadas quanto as outras que se comunicavam por meio de aparelhos de última geração para combinar programas, disseminar fofocas ou trocar ideias: o computador e os telefones convencionais já eram considerados obsoletos como meios de comunicação. 
A pressão para fazer parte de uma rede de relacionamentos também é grande, burlando a lei da idade mínima: “Todos os meus amigos fazem parte, só eu vou ficar de fora? Vou ser discriminado!” argumenta o menino de nove anos, ansioso por divulgar as fotos da viagem de férias, sem a menor noção dos riscos envolvidos pela superexposição de informações sobre a vida pessoal.
Em seu livro Vida para consumo, o sociólogo Zygmunt Bauman, profundo estudioso da sociedade contemporânea, diz que vivemos em uma sociedade que estimula a nudez física e psíquica. Por conta  disso, as pessoas passam a expor detalhes de sua vida privada em público.
“Se eu posso dar o que eles pedem, por que não?”, questionavam algumas mães temerosas de frustrar desejos imperativos por objetos considerados indispensáveis. “Mãe, quando você era criança essas coisas nem existiam, mas agora não dá para viver sem isso!”. E o que fazer com a preocupação de ver os filhos excluídos do convívio por não trocarem mensagens o dia todo pelos smartphones? O bullying manifestado pela exclusão dos que não possuem os objetos considerados essenciais é uma realidade em muitas escolas, revelando as práticas discriminatórias presentes na sociedade que despreza quem “tem menos”, mesmo que “seja mais” (inteligente, interessante, solidário, entre outras qualidades pessoais).
“Você não é todo mundo!”;“ Eu não sou todos os pais que deixam os filhos terem ou fazerem o que você está querendo!” – estes são os argumentos tradicionais que os pais apresentam para reforçar o “não”. Mas o desafio precisa prosseguir para incluir uma reflexão crítica sobre o consumismo e o fortalecimento de recursos para que a criança consiga se incluir nos grupos mesmo sem os objetos de desejo cultuados. A simples posse desses objetos não garante a inclusão no grupo, até porque rapidamente estes são substituídos por novos modelos, tornando o anterior (e o seu dono) descartável.  
Convidei esse grupo de mães preocupadas a imaginar uma situação infelizmente cada vez mais comum já no início da adolescência: “Pai, se não tiver cerveja na minha festa de aniversário, ninguém vai aparecer!” “Todos os meus amigos dirigem o carro dos pais com quinze anos, por que vocês não deixam que eu aprenda logo de uma vez?” E, então, nessas situações desafiantes, os pais vão ceder aos desejos dos filhos para que eles sejam supostamente aceitos pelo grupo mesmo que isso envolva riscos e ações impróprias para a idade? É bom saber que, no cérebro adolescente, a percepção de risco e a capacidade de autoproteção ainda estão em construção. É igualmente importante lembrar que os pais são amorosa e legalmente responsáveis pelos seus filhos.
Mais importante do que ceder aos desejos do filho é convidá-lo a desenvolver a inteligência dos relacionamentos. Como pode convencer os amigos de que vale a pena irem à sua festa de aniversário mesmo sem bebidas alcoólicas? Como continuar sendo aceito pelos amigos quando recusa as drogas que passam a circular livremente entre eles? Como desenvolver recursos pessoais para construir uma sólida auto-estima e se apresentar como uma pessoa de valor mesmo sem usar roupas e acessórios de marcas prestigiadas? Aprender a transitar entre a necessidade de pertencer a um grupo e o trabalho de construir uma identidade pessoal fundamentada na ética do ser é uma das grandes conquistas do desenvolvimento de todos nós.

Texto extraído do site: http://www.mtmaldonado.com.br/

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Ensinar Aprendendo

Bom dia a todos!!
Quanto tempo já faz da última postagem não é?? Hoje venho com um propósito bem diferente, que é o de indicação de leitura. Ando relendo um livro já adquirido a alguns anos por mim, mas que fora deixado na prateleira porque tinha mudado de segmento na escola em que trabalho. Hoje, novamente trabalhando com adolescentes, percebi que tal mudança fora de grande importância para meu amadurecimento pessoal e profissional, pois ao mudar de faixa etária, de segmentos (do fundamental 1 para fundamental 2 e médio), pode-se ver claramente a evolução do ser humano em suas diferentes fases..O livro que mencionei foi do incrível psiquiatra Içami Tiba, um dos autores mais lidos entre pais e educadores. Chama-se Ensinar Aprendendo, da Integrare Editora. A edição que tenho é de 2006, mas penso que já deve ter outra mais atualizada. Na obra, Tiba se refere a atualização e capacitação necessária aos educadores diante de um novo paradigma da educação. Uma nova metodologia em tempos de internet..."O educador que compreender seus alunos terá diante de si não um simples estudante, mas um professor a lhe ensinar os melhores passos e diretrizes pedagógicas para ensinar a outros alunos".. Espero que gostem da leitura, pois eu estou encantada!!
#ficaadica..

Abraços a todos!