segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Necessidade de reconhecimento

Boa noite pessoal!
Hoje ganhei de presente este texto e pensei imediatamente em dividi-lo com vocês! Fala  da grande necessidade de reconhecimento que todos nós temos, principalmente nossos filhos e alunos, sejam eles crianças ou adolescentes. Esta leitura nos leva a refletir sobre o que acontece hoje em dia..Pais que não valorizam seus filhos e estes por sua vez, tamanha sua necessidade de reconhecimento, acabam escolhendo mesmo que inconscientemente, a forma negativa desta...Mas, quem se interessou tem mais abaixo. Esta leitura nos enriquece como pessoas, pais e profissionais, então, não deixem de saboreá-la! Um grande abraço a todos!


O ego precisa ser reconhecido. A indiferença é a pior coisa pra ele.  As crianças desde bem pequenas já demonstram essa necessidade. Querem ser vistas e ouvidas pelos adultos. Adoram receber atenção. Quer ver uma criança feliz? Dê atenção pra ela. Converse sobre as coisas do seu mundo infantil, pergunte sobre sua vida, brinque com ela.

Quando não damos esse tipo de atenção e reconhecimento positivo a criança, ela irá buscar de uma forma negativa. E isso acontece da seguinte forma. Muitas vezes os adultos deixam de dar atenção e de elogiar as crianças, o que seria uma forma positiva de reconhecimento. Entretanto, quando a criança age de uma forma indesejada, ela logo recebe uma crítica. A critica é uma forma de atenção negativa, mas ainda assim é um tipo de reconhecimento. O adulto está interagindo com a criança, está reconhecendo sua existência, mesmo que de forma desagradável. Entretanto, para o ego, é melhor receber esse tipo de atenção negativa do que nenhuma atenção.
Inconscientemente, a criança que não é elogiada sabe que basta fazer algo tido como “errado” que logo receberá a atenção de algum adulto. Não é proposital. Ela é levada por um impulso interior a cometer algo para receber atenção. Como as ações positivas não estão gerando qualquer tipo de reconhecimento, ela automaticamente se condiciona a agir de forma negativa,  e acaba conseguindo ser reconhecida.
Por isso é que a melhor forma de transformar o comportamento das crianças é elogiar cada vez mais tudo de bom que elas fizerem e ignorar seus comportamentos negativos. O ego então entende que, para ganhar atenção, é melhor tomar atitudes que os adultos gostam, e que ações negativas não trazem esse benefício. Com o passar do tempo, a criança passa a agir de forma cada vez mais positiva (desde que os adultos estejam sempre elogiando e reconhecendo) e vão abandonando os comportamentos negativos.
Mas não é assim que a maioria dos adultos age. Normalmente, o padrão é o de elogiar  pouco e criticar bastante, o que acaba reforçando os comportamentos negativos.
Esse mesmo mecanismo de reconhecimento explica o que atrai as pessoas para o crime nas comunidades. Como alguém pode se sentir atraído por coisas tão negativas, com tantos riscos e sofrimento? Crianças e adolescentes sentem-se  ignorados, e sentindo esse vazio interior, acabam indo buscar no crime o reconhecimento que necessitam. Mesmo que sejam vistos como marginais por muitos, ainda assim, estão tendo a sua existência reconhecida. Para o ego, isso é melhor do que a indiferença, por mais estranho que pareça.
As vezes, o governo implanta programas sociais nas áreas carentes,  e essas pessoas agora tem a chance de ser reconhecidas de uma forma positiva: praticando esportes, estudando para ser “alguém” e ter uma profissão. Assim, muitos vão largar a delinqüência e outros deixarão de entrar nela por que agora há uma outra possibilidade muito melhor de ganhar reconhecimento.
Mas a necessidade de reconhecimento não se aplica somente as criança e adolescentes. Ao nos tornarmos adultos, deveríamos nos sentir cada dia mais livres desta necessidade. Para alguns há realmente uma diminuição, mas outros continuam tão necessitados de reconhecimento como as crianças. Esse padrão acaba levando a sofrimento, pois o bem estar fica dependendo da apreciação de terceiros: chefe, marido, esposa, pais, amigos e etc. E logicamente, nem sempre as pessoas irão nos elogiar, reconhecer e nos dar atenção.
Podemos abrir mão conscientemente dessa necessidade todas as vezes que a detectarmos. É preciso se auto observar, ficar bastante atento e reconhecer que nada de mal nos acontece se não formos reconhecidos. É apenas uma necessidade emocional infantil enraizada.
Quanto mais abandonarmos essa necessidade, mais adultos nos tornamos. Nossos relacionamentos melhoram pois ficaremos mais em paz e nesse estado deixaremos de criar conflitos de forma inconsciente. O mais curioso, é que haverá uma tendência  que as pessoas venham a nos dar atenção, nos elogiar e reconhecer. Mas agora você já não é mais dependente disso para ser feliz e não está fazendo coisas no intuito de ganhar atenção. Poderá então curtir o reconhecimento sem o lado ruim que é a necessidade interior. Ou seja, quando você for  reconhecido, será prazeroso, mas a falta do reconhecimento não trará qualquer tipo de sofrimento.
Quando temos a necessidade de reconhecimento, o prazer provocado pela atenção e elogios é em parte uma falsa satisfação. Parte desse prazer é na verdade o encobrimento de um sofrimento oculto, que é a necessidade. Esse tipo de prazer se assemelha ao  de uma pessoa compulsiva por comida (ou qualquer tipo de vício) quando está se alimentando.
Vamos supor um chocólotra. Ao comer o chocolate ele sente um prazer enorme. Logo esse prazer passa e ele precisará de mais chocolate para se sentir bem. Mas por que é que ele necessitou a princípio do chocolate? Uma inquietação interior, a qual chamamos normalmente de ansiedade,  se manifestou gerando uma busca por alívio. No caso do chocólotra, ele irá buscar na sensação de prazer de comer o chocolate o alívio passageiro para sua inquietação. Comer chocolate então não é assim então um prazer tão real pois está atrelado a uma dependência que traz alivio de um sofrimento. Uma pessoa que não tenha essa dependência poderá curtir um chocolate de forma verdadeira, sem o lado ruim da necessidade. E nesse caso ela irá se sentir saciada com uma pequena quantidade, que, se for ultrapassada acabará causando enjôo.
Fazendo mais uma comparação. Imagine alguém que compre sapatos muito apertados. Ao chegar em casa, sente um  alivio e um prazer enorme ao tira-los dos pés. Mas não seria melhor andar com sapatos mais confortáveis? “Não, assim eu não teria o prazer de sentir o alivio ao ficar descalço”. Alguém pode pensar dessa forma, mas é algo certamente insano.
O sentimento de necessidade de reconhecimento é mais ou menos como a sensação do sapato apertado que precisamos aliviar de vez em quando recebendo atenção de alguém. É uma prisão emocional.

Ao mesmo tempo que você decide abandonar a  necessidade de ser reconhecido, adote o hábito de elogiar e reconhecer as outras pessoas: filhos, amigos, funcionários, cônjuge e etc. e observe as atitudes das pessoas melhorarem cada vez mais no relacionamento com você. Abandone também as críticas e veja as mudanças positivas que isso irá trazer.

Texto de André Lima – WWW.eftbr.com.br

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Ansiedade excessiva em crianças

Boa noite caros colegas!
Gostaria de colocar em destaque um tema que muito aparece nos dias de hoje e deixam os pais sem saber o que fazer: A ansiedade das crianças...Talvez pelo que vêem ou escutam, as crianças estão exigindo cada vez mais de si e mais temerosas com os perigos da vida real...E o que fazer então? Deixá-las totalmente alheias a tudo não é a solução...O texto abaixo orienta os pais e professores e dá algumas dicas de como lidar com os pequenos diante do assunto..Boa leitura a todos!


Ansiedade excessiva em crianças

Algumas doenças que pensamos serem doenças de adultos estão atingindo cada vez mais as crianças. Os transtornos de ansiedade ocorrem em crianças, sim, e não é manha como alguns adultos pensam. Precisam de atenção dos pais para que não comprometam a vida dos pequenos.
"As pressões da sociedade de hoje que exigem da criança um amadurecimento cada vez mais cedo. E essa pressão aumenta a ansiedade nas crianças" diz a psicóloga Edna Kalaf.
A ansiedade da criança é a manifestação exagerada de preocupações diante de alguma situação teoricamente simples. Por estar ansiosa, a criança às vezes sente dores de barriga reais quando não quer ir à escola por algum motivo.
O corpo manifesta as emoções sentidas e com as crianças isso não é diferente. Dores de cabeça, de estômago, coração acelerado ou mesmo falta de ar podem ser sentidas pela criança realmente e não ser só uma desculpa para não dormir sozinha.
A ansiedade exagerada é aquela que acaba atrapalhando na vida cotidiana da criança. Pode aparecer na forma de medo, tensão muscular, preocupação com eventos futuros, isolamento e dificuldade ou queda no rendimento escolar.
Os transtornos de ansiedade se não tratados adequadamente podem evoluir para a depressão e por isso a procura por ajuda especializada é muito importante para que as causas sejam conhecidas o mais precocemente possível.
Os pais precisam estar atentos para perceber as mudanças do comportamento do seu filho para ajudá-lo a superar qualquer insegurança que possa se tornar motivo de preocupação extrema.
Quando a criança começar a não querer brincar na pracinha que está acostumado a ir freqüentemente, o melhor é conversar e tentar entender o motivo e junto com o pequeno fazê-lo superar da melhor forma possível o que lhe angustia.
Crianças com potencial em determinado esporte não podem ser cobradas pelos pais a obter rendimentos de campeões olímpicos. Incentivo é diferente de pressão.
Tratamentos contra a ansiedade - Caso a ansiedade da criança já esteja interferindo na vida cotidiana, o melhor é procurar ajuda seja do médico psiquiatra ou de um psicólogo. A psicoterapia e a medicação são os tratamentos realizados para crianças com ansiedade exagerada.

Dicas
Converse muito com seu filho sempre. É a melhor maneira de sentir pequenas mudanças no comportamento da criança.
Não tenha medo caso o psiquiatra receite alguma medicação, existem doses e remédios indicados para a infância, mas não deixe de tirar todas as suas dúvidas antes de sair do consultório.
Demonstre sempre muito carinho para o seu filho e que está sempre ao seu lado para que ele supere suas dificuldades.
Texto de Bruno Rodrigues extraído do site www.guiadobebe.com.br

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Meu filho, você não merece nada..

Boa noite colegas!
Gostaria que fizessem agora uma reflexão como pais e educadores de seus alunos...Vivemos hoje em uma realidade com uma geração tão preparada para certos desafios e tão despreparada para outros...O texto abaixo nos leva a pensar sobre o que realmente vale a pena trabalhar com nossos filhos e alunos...Boa leitura a todos! Aguardo comentários...Abraços!


“Meu filho, você não merece nada" - Texto Eliane Brum

É grande, mas imperdível. Muita gente aqui está precisando ler isso.




Ao conviver com os bem mais jovens, com aqueles que se tornaram adultos há pouco e com aqueles que estão tateando para virar gente grande, percebo que estamos diante da geração mais preparada – e, ao mesmo tempo, da mais despreparada. Preparada do ponto de vista das habilidades, despreparada porque não sabe lidar com frustrações. Preparada porque é capaz de usar as ferramentas da tecnologia, despreparada porque despreza o esforço. Preparada porque conhece o mundo em viagens protegidas, despreparada porque desconhece a fragilidade da matéria da vida. E por tudo isso sofre, sofre muito, porque foi ensinada a acreditar que nasceu com o patrimônio da felicidade. E não foi ensinada a criar a partir da dor.

Há uma geração de classe média que estudou em bons colégios, é fluente em outras línguas, viajou para o exterior e teve acesso à cultura e à tecnologia. Uma geração que teve muito mais do que seus pais. Ao mesmo tempo, cresceu com a ilusão de que a vida é fácil. Ou que já nascem prontos – bastaria apenas que o mundo reconhecesse a sua genialidade.

Tenho me deparado com jovens que esperam ter no mercado de trabalho uma continuação de suas casas – onde o chefe seria um pai ou uma mãe complacente, que tudo concede. Foram ensinados a pensar que merecem, seja lá o que for que queiram. E quando isso não acontece – porque obviamente não acontece – sentem-se traídos, revoltam-se com a “injustiça” e boa parte se emburra e desiste.

Como esses estreantes na vida adulta foram crianças e adolescentes que ganharam tudo, sem ter de lutar por quase nada de relevante, desconhecem que a vida é construção – e para conquistar um espaço no mundo é preciso ralar muito. Com ética e honestidade – e não a cotoveladas ou aos gritos. Como seus pais não conseguiram dizer, é o mundo que anuncia a eles uma nova não lá muito animadora: viver é para os insistentes.

Por que boa parte dessa nova geração é assim? Penso que este é um questionamento importante para quem está educando uma criança ou um adolescente hoje. Nossa época tem sido marcada pela ilusão de que a felicidade é uma espécie de direito. E tenho testemunhado a angústia de muitos pais para garantir que os filhos sejam “felizes”. Pais que fazem malabarismos para dar tudo aos filhos e protegê-los de todos os perrengues – sem esperar nenhuma responsabilização nem reciprocidade.

É como se os filhos nascessem e imediatamente os pais já se tornassem devedores. Para estes, frustrar os filhos é sinônimo de fracasso pessoal. Mas é possível uma vida sem frustrações? Não é importante que os filhos compreendam como parte do processo educativo duas premissas básicas do viver, a frustração e o esforço? Ou a falta e a busca, duas faces de um mesmo movimento? Existe alguém que viva sem se confrontar dia após dia com os limites tanto de sua condição humana como de suas capacidades individuais?

Nossa classe média parece desprezar o esforço. Prefere a genialidade. O valor está no dom, naquilo que já nasce pronto. Dizer que “fulano é esforçado” é quase uma ofensa. Ter de dar duro para conquistar algo parece já vir assinalado com o carimbo de perdedor. Bacana é o cara que não estudou, passou a noite na balada e foi aprovado no vestibular de Medicina. Este atesta a excelência dos genes de seus pais. Esforçar-se é, no máximo, coisa para os filhos da classe C, que ainda precisam assegurar seu lugar no país.

Da mesma forma que supostamente seria possível construir um lugar sem esforço, existe a crença não menos fantasiosa de que é possível viver sem sofrer. De que as dores inerentes a toda vida são uma anomalia e, como percebo em muitos jovens, uma espécie de traição ao futuro que deveria estar garantido. Pais e filhos têm pagado caro pela crença de que a felicidade é um direito. E a frustração um fracasso. Talvez aí esteja uma pista para compreender a geração do “eu mereço”.

Basta andar por esse mundo para testemunhar o rosto de espanto e de mágoa de jovens ao descobrir que a vida não é como os pais tinham lhes prometido. Expressão que logo muda para o emburramento. E o pior é que sofrem terrivelmente. Porque possuem muitas habilidades e ferramentas, mas não têm o menor preparo para lidar com a dor e as decepções. Nem imaginam que viver é também ter de aceitar limitações – e que ninguém, por mais brilhante que seja, consegue tudo o que quer.

A questão, como poderia formular o filósofo Garrincha, é: “Estes pais e estes filhos combinaram com a vida que seria fácil”? É no passar dos dias que a conta não fecha e o projeto construído sobre fumaça desaparece deixando nenhum chão. Ninguém descobre que viver é complicado quando cresce ou deveria crescer – este momento é apenas quando a condição humana, frágil e falha, começa a se explicitar no confronto com os muros da realidade. Desde sempre sofremos. E mais vamos sofrer se não temos espaço nem mesmo para falar da tristeza e da confusão.

Me parece que é isso que tem acontecido em muitas famílias por aí: se a felicidade é um imperativo, o item principal do pacote completo que os pais supostamente teriam de garantir aos filhos para serem considerados bem sucedidos, como falar de dor, de medo e da sensação de se sentir desencaixado? Não há espaço para nada que seja da vida, que pertença aos espasmos de crescer duvidando de seu lugar no mundo, porque isso seria um reconhecimento da falência do projeto familiar construído sobre a ilusão da felicidade e da completude.

Quando o que não pode ser dito vira sintoma – já que ninguém está disposto a escutar, porque escutar significaria rever escolhas e reconhecer equívocos – o mais fácil é calar. E não por acaso se cala com medicamentos e cada vez mais cedo o desconforto de crianças que não se comportam segundo o manual. Assim, a família pode tocar o cotidiano sem que ninguém precise olhar de verdade para ninguém dentro de casa.

Se os filhos têm o direito de ser felizes simplesmente porque existem – e aos pais caberia garantir esse direito – que tipo de relação pais e filhos podem ter? Como seria possível estabelecer um vínculo genuíno se o sofrimento, o medo e as dúvidas estão previamente fora dele? Se a relação está construída sobre uma ilusão, só é possível fingir.

Aos filhos cabe fingir felicidade – e, como não conseguem, passam a exigir cada vez mais de tudo, especialmente coisas materiais, já que estas são as mais fáceis de alcançar – e aos pais cabe fingir ter a possibilidade de garantir a felicidade, o que sabem intimamente que é uma mentira porque a sentem na própria pele dia após dia. É pelos objetos de consumo que a novela familiar tem se desenrolado, onde os pais fazem de conta que dão o que ninguém pode dar, e os filhos simulam receber o que só eles podem buscar. E por isso logo é preciso criar uma nova demanda para manter o jogo funcionando.

O resultado disso é pais e filhos angustiados, que vão conviver uma vida inteira, mas se desconhecem. E, portanto, estão perdendo uma grande chance. Todos sofrem muito nesse teatro de desencontros anunciados. E mais sofrem porque precisam fingir que existe uma vida em que se pode tudo. E acreditar que se pode tudo é o atalho mais rápido para alcançar não a frustração que move, mas aquela que paralisa.

Quando converso com esses jovens no parapeito da vida adulta, com suas imensas possibilidades e riscos tão grandiosos quanto, percebo que precisam muito de realidade. Com tudo o que a realidade é. Sim, assumir a narrativa da própria vida é para quem tem coragem. Não é complicado porque você vai ter competidores com habilidades iguais ou superiores a sua, mas porque se tornar aquilo que se é, buscar a própria voz, é escolher um percurso pontilhado de desvios e sem nenhuma certeza de chegada. É viver com dúvidas e ter de responder pelas próprias escolhas. Mas é nesse movimento que a gente vira gente grande.

Seria muito bacana que os pais de hoje entendessem que tão importante quanto uma boa escola ou um curso de línguas ou um Ipad é dizer de vez em quando: “Te vira, meu filho. Você sempre poderá contar comigo, mas essa briga é tua”. Assim como sentar para jantar e falar da vida como ela é: “Olha, meu dia foi difícil” ou “Estou com dúvidas, estou com medo, estou confuso” ou “Não sei o que fazer, mas estou tentando descobrir”. Porque fingir que está tudo bem e que tudo pode significa dizer ao seu filho que você não confia nele nem o respeita, já que o trata como um imbecil, incapaz de compreender a matéria da existência. É tão ruim quanto ligar a TV em volume alto o suficiente para que nada que ameace o frágil equilíbrio doméstico possa ser dito.

Agora, se os pais mentiram que a felicidade é um direito e seu filho merece tudo simplesmente por existir, paciência. De nada vai adiantar choramingar ou emburrar ao descobrir que vai ter de conquistar seu espaço no mundo sem nenhuma garantia. O melhor a fazer é ter a coragem de escolher. Seja a escolha de lutar pelo seu desejo – ou para descobri-lo –, seja a de abrir mão dele. E não culpar ninguém porque eventualmente não deu certo, porque com certeza vai dar errado muitas vezes. Ou transferir para o outro a responsabilidade pela sua desistência.

Crescer é compreender que o fato de a vida ser falta não a torna menor. Sim, a vida é insuficiente. Mas é o que temos. E é melhor não perder tempo se sentindo injustiçado porque um dia ela acaba.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

A importância da participação da família para melhorar o rendimento escolar das crianças

Bom dia Pessoal! Estava pesquisando alguns vídeos e achei este aqui bem apropriado para todos nós. Sei que é uma coisa que falamos sempre, mas não custa nada dar uma olhadinha no trabalho de algumas escolas pelo Brasil e ouvir alguns especialistas no assunto não é? É um vídeo bem curtinho, uma reportagem do Rj Tv da Rede globo. Bons estudos para vocês e espero que possamos ainda falar bastante sobre o assunto, que não se esgota nunca!!

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A importância das famílias no processo de ensino- aprendizagem

Olá a todos! Fiquei pensando em um tema bem pertinente e atual e me deparei com um tema vivido por mim quase que diariamente: Indisciplina, desrespeito do aluno pelo professor, falta de limites e apoio da família na educação das crianças. Achei este texto bem em cima de nossa temática de hoje e convido a todos a pensar sobre o tema e discutir no blog. Boa leitura a todos e estou aqui para discutir acerca do comentário de vocês...Cabe dizer que o texto não é meu, por isso, deixei bem fiel a autora. Então...Mãos a obra!




A mim me dá pena e preocupação quando convivo com famílias que experimentam a “tirania da liberdade” em que as crianças podem tudo: gritam, riscam as paredes, ameaçam as visitas em face da autoridade complacente dos pais que se pensam ainda campeões da liberdade. (PAULO FREIRE, 2000: 29)
A sociedade moderna vive uma crise de valores éticos e morais sem precedentes. Essa é uma constatação que nada tem de original, pois todos a estão percebendo e vivenciando de alguma maneira. O fato de ser uma professora a fazer essa constatação também não é nenhuma surpresa, pois é na escola que essa crise acaba, muitas vezes, ficando em maior evidência.
Nunca na escola se discutiu tanto quanto hoje assuntos como falta de limites, desrespeito na sala de aula e desmotivação dos alunos. Nunca se observou tantos professores cansados, estressados e, muitas vezes, doentes física e mentalmente. Nunca os sentimentos de impotência e frustração estiveram tão marcantemente presentes na vida escolar.
Para Esteve (1999), toda essa situação tem relação com uma acelerada mudança no contexto social. Segundo ele,
Nosso sistema educacional, rapidamente massificado nas últimas décadas, ainda não dispõe de uma capacidade de reação para atender às novas demandas sociais. Quando consegue atender a uma exigência reivindicada imperativamente pela sociedade, o faz com tanta lentidão que, então, as demandas sociais já são outras (1999: 13).
Por essa razão, dentro das escolas as discussões que procuram compreender esse quadro tão complexo e, muitas vezes, caótico, no qual a educação se encontra mergulhada, são cada vez mais freqüentes. Professores debatem formas de tentar superar todas essas dificuldades e conflitos, pois percebem que se nada for feito em breve não se conseguirá mais ensinar e educar. Entretanto, observa-se que, até o momento, essas discussões vêm sendo realizadas apenas dentro do âmbito da escola, basicamente envolvendo direções, coordenações e grupos de professores. Em outras palavras, a escola vem, gradativamente, assumindo a maior parte da responsabilidade pelas situações de conflito que nela são observadas.
Assim, procura-se em novas metodologias de trabalho, por exemplo, as soluções para esses problemas. Computadores e programas de última geração, projetos multi e interdisciplinares de todos os tipos e para todos os gostos, avaliações participativas, enfim uma infinidade de propostas e atividades visando a, principalmente, atrair os alunos para os bancos escolares. Não é mais suficiente a idéia de uma escola na qual o individuo ingressa para aprender e conhecer. Agora a escola deve também entreter.
No entanto, apesar das diferentes metodologias hoje utilizadas, os problemas continuam, ou melhor, se agravam cada vez mais, pois além do conhecimento em si estar sendo comprometido irremediavelmente, os aspectos comportamentais não têm melhorado. Ao contrário. Em sala de aula, a indisciplina e a falta de respeito só têm aumentado, obrigando os professores a, muitas vezes, assumir atitudes autoritárias e disciplinadoras. Para ensinar o mínimo, está sendo necessário, antes de tudo, disciplinar, impor limites e, principalmente, dizer não.
A questão que se impõem é: até quando a escola sozinha conseguirá levar adiante essa tarefa? Ou melhor, até quando a escola vai continuar assumindo isoladamente a responsabilidade de educar?
São questões que merecem, por parte de todos os envolvidos, uma reflexão, não só mais profunda, mas também mais crítica. É, portanto, necessário refletir sobre os papéis que devem desempenhar nesse processo a escola e, conseqüentemente, os professores, mas também não se pode continuar ignorando a importância fundamental da família na formação e educação de crianças e adolescentes.
Voltando a analisar a sociedade moderna, observa-se que uma das mudanças mais significativas é a forma como a família atualmente se encontra estruturada. Aquela família tradicional, constituída de pai, mãe e filhos tornou-se uma raridade. Atualmente, existem famílias dentro de famílias. Com as separações e os novos casamentos, aquele núcleo familiar mais tradicional tem dado lugar a diferentes famílias vivendo sob o mesmo teto. Esses novos contextos familiares geram, muitas vezes, uma sensação de insegurança e até mesmo de abandono, pois a idéia de um pai e de uma mãe cuidadores dá lugar a diferentes pais e mães “gerenciadores” de filhos que nem sempre são seus.
Além disso, essa mesma sociedade tem exigido, por diferentes motivos, que pais e mães assumam posições cada vez mais competitivas no mercado de trabalho. Então, enquanto que, antigamente, as funções exercidas dentro da família eram bem definidas, hoje pai e mãe, além de assumirem diferentes papéis, conforme as circunstâncias saem todos os dias para suas atividades profissionais. Assim, observa-se que, em muitos casos, crianças e adolescentes acabam ficando aos cuidados de parentes (avós, tios), estranhos (empregados) ou das chamadas babás eletrônicas, como a TV e a Internet, vendo seus pais somente à noite.
Toda essa situação acaba gerando uma série de sentimentos conflitantes, não só entre pais e filhos, mas também entre os próprios pais. E um dos sentimentos mais comuns entre estes é o de culpa. É ela que, na maioria das vezes, impede um pai ou uma mãe de dizer não às exigências de seus filhos. É ela que faz um pai dar a seu filho tudo o que ele deseja, pensando que assim poderá compensar a sua ausência. É a culpa que faz uma mãe não avaliar corretamente as atitudes de seu filho, pois isso poderá significar que ela não esteve suficientemente presente para corrigi-las.
Enfim, é a culpa de não estar presente de forma efetiva e construtiva na vida de seus filhos que faz, muitas vezes, um pai ou uma mãe ignorarem o que se passa com eles. Assim, muitos pais e mães acabam tornando-se reféns de seus próprios filhos. Com receio de contrariá-los, reforçam atitudes inadequadas e, com isso, prejudicam o seu desenvolvimento, não só intelectual, mas também, mental e emocional.
Esses conflitos acabam agravando-se quando a escola tenta intervir. Ocorre que muitos pais, por todos os problemas já citados, delegam responsabilidades à escola, mas não aceitam com tranqüilidade quando essa mesma escola exerce o papel que deveria ser deles. Em outras palavras,
[...] os pais que não têm condições emocionais de suportar a sua parcela de responsabilidade, ou culpa, pelo mau rendimento escolar, ou algum transtorno de conduta do filho, farão de tudo, para encontrar argumentos e pinçar fatos, a fim de imputar aos professores que reprovaram o aluno, ou à escola como um todo, a total responsabilidade pelo fracasso do filho (ZIMERMAN apud BOSSOLS, 2003: 14).
Assim, observa-se que, em muitos casos a escola (e seus professores) acaba sendo sistematicamente desautorizada quando, na tentativa de educar, procura estabelecer limites e responsabilidades. O resultado desses sucessivos embates é que essas crianças e adolescentes acabam tornando-se testemunhas de um absurdo e infrutífero cabo-de-guerra, entre a sua escola e a sua família. E a situação pode assumir uma maior complexidade porque, conforme também explica Zimerman, “o próprio aluno, que não suporte reconhecer a responsabilidade por suas falhas, fará um sutil jogo de intrigas que predisponha os pais contra os professores e a escola” (apud BOSSOLS, 2003: 14).
Entretanto, é importante compreender que, apesar de todas as situações aqui expostas, o objetivo não é o de condenar ou julgar. Está-se apenas demonstrando que, ao longo dos anos, gradativamente a família, por força das circunstâncias já descritas, tem transferido para a escola a tarefa de formar e educar. Entretanto, essa situação não mais se sustenta. É preciso trazer, o mais rápido possível, a família para dentro da escola. É preciso que ela passe a colaborar de forma mais efetiva com o processo de educar. É preciso, portanto, compartilhar responsabilidades e não transferi-las.
É dentro desse espírito de compartilhar que não se pode deixar de citar a iniciativa do MEC, que instituiu a data de 24 de abril como o Dia Nacional da Família na Escola. Nesse dia, todas as escolas são estimuladas a convidar os familiares dos alunos para participar de suas atividades educativas, pois segundo declaração do ex-Ministro da Educação Paulo Renato Souza "quando os pais se envolvem na educação dos filhos, eles aprendem mais".
A família deve, portanto, se esforçar em estar presente em todos os momentos da vida de seus filhos. Presença que implica envolvimento, comprometimento e colaboração. Deve estar atenta a dificuldades não só cognitivas, mas também comportamentais. Deve estar pronta para intervir da melhor maneira possível, visando sempre o bem de seus filhos, mesmo que isso signifique dizer sucessivos “nãos” às suas exigências. Em outros termos, a família deve ser o espaço indispensável para garantir a sobrevivência e a proteção integral dos filhos e demais membros, independentemente do arranjo familiar ou da forma como se vêm estruturando (KALOUSTIAN, 1988).
Educar, portanto, não é uma tarefa fácil, exige muito esforço, paciência e tranqüilidade. Exige saber ouvir, mas também fazer calar quando é preciso educar. O medo de magoar ou decepcionar deve ser substituído pela certeza de que o amor também se demonstra sendo firme no estabelecimento de limites e responsabilidades. Deve-se fazer ver às crianças e jovens que direitos vêm acompanhados de deveres e para ser respeitado, deve-se também respeitar.
No entanto, para não tornar essa discussão por demais simplista, é importante, entender, que quando se trata de educar não existem fórmulas ou receitas prontas, assim como não se encontra, em lugar algum, soluções milagrosas para toda essa problemática. Como já foi dito, educar não é uma tarefa fácil; ao contrário, é uma tarefa extremamente complexa. E talvez o que esteja tornando toda essa situação ainda mais difícil seja o fato de a sociedade moderna estar vivendo um momento de mudanças extremamente significativas.
Segundo Paulo Freire: “A mudança é uma constatação natural da cultura e da história. O que ocorre é que há etapas, nas culturas, em que as mudanças se dão de maneira acelerada. É o que se verifica hoje. As revoluções tecnológicas encurtam o tempo entre uma e outra mudança” (2000: 30). Em outras palavras, está-se vivendo, em um pequeno intervalo de tempo, um período de grandes transformações, muitas delas difíceis de serem aceitas ou compreendidas. E dentro dessa conjuntura está a família e a escola. Ambas tentando encontrar caminhos em meio a esse emaranhado de escolhas, que esses novos contextos, sociais, econômicos e culturais, nos impõem.
Para finalizar esse texto é importante fazer algumas considerações que, se não trazem soluções definitivas, podem apontar caminhos para futuras reflexões. Assim, é preciso compreender, por exemplo, que no momento em que escola e família conseguirem estabelecer um acordo na forma como irão educar suas crianças e adolescentes, muitos dos conflitos hoje observados em sala de aula serão paulatinamente superados. No entanto, para que isso possa ocorrer é necessário que a família realmente participe da vida escolar de seus filhos. Pais e mães devem comparecer à escola não apenas para entrega de avaliações ou quando a situação já estiver fora de controle. O comparecimento e o envolvimento devem ser permanentes e, acima de tudo, construtivos, para que a criança e o jovem possam se sentir amparados, acolhidos e amados. E, do mesmo modo, deve-se lutar para que pais e escola estejam em completa sintonia em suas atitudes, já que seus objetivos são os mesmos. Devem, portanto, compartilhar de um mesmo ideal, pois só assim realmente estarão formando e educando, superando conflitos e dificuldades que tanto vêm angustiando os professores, como também pais e os próprios alunos.
 * Escrito por Margarete J.V.C Hulsendeger no site 
http://www.espacoacademico.com.br/067/67hulsendeger.htm

Referências

ESTEVE, José M. O Mal-Estar Docente: a sala de aula e a saúde dos professores. São Paulo: EDUSC, 1999.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da Indignação: cartas pedagógicas e outros escritos. São Paulo: UNESP, 2000.
KALOUSTIAN, S. M. (org.) Família Brasileira, a Base de Tudo. São Paulo: Cortez; Brasília, DF: UNICEF, 1988.
ZIMERMAN, David Epelbaum. A Psicanálise e a Escola. In: BASSOLS, Ana Margareth S. at al.(org.). Saúde Mental na Escola: uma abordagem multidisciplinar. Porto Alegre: Meditação, 2003. p. 9-17.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Bullying nas escolas. Mas o que é isso mesmo??

Saudações a todos! Outro tema bem pertinente no momento é o bullying. Este termo inglês que não tem tradução exata em português é usado para denominar tipos de agressões ou violência sofridos por crianças e adolescentes pelos bullyes, que são pessoas que cometem tais atitudes violentas. Estas atitudes podem ser desde um apelido de mau gosto até mesmo perseguições severas e constrangedoras do agressor para a vítima. Atualmente o assunto está em pauta devido a uma série de situações de violência ocorridas nas escolas do mundo e do país. Tal fato sempre aconteceu, porém não se tinha bastante conhecimento teórico para lidar com o assunto. É imprescindível que nós enquanto educadores fiquemos atentos a questão em nossas escolas, pois de repente algum aluno seu pode estar passando por algum tipo de situação de bullying e não sabe como pedir ajuda. É importante que seja feita uma observação em sala de aula e nos recreios, horário de maior incidência do bullying. Como saber que meu aluno está sofrendo bullying? Abaixo segue um texto mais esclarecedor e que cita com detalhes algumas características que a vítima pode estar sofrendo. Um abraço e bons estudos!

Bullying - É exercido por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa.
Bullying - É exercido por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa.


Bullying é um termo da língua inglesa (bully = “valentão”) que se refere a todas as formas de atitudes agressivas, verbais ou físicas, intencionais e repetitivas, que ocorrem sem motivação evidente e são exercidas por um ou mais indivíduos, causando dor e angústia, com o objetivo de intimidar ou agredir outra pessoa sem ter a possibilidade ou capacidade de se defender, sendo realizadas dentro de uma relação desigual de forças ou poder.
bullying se divide em duas categorias: a) bullying direto, que é a forma mais comum entre os agressores masculinos e b) bullying indireto, sendo essa a forma mais comum entre mulheres e crianças, tendo como característica o isolamento social da vítima. Em geral, a vítima teme o(a) agressor(a) em razão das ameaças ou mesmo a concretização da violência, física ou sexual, ou a perda dos meios de subsistência.
bullying é um problema mundial, podendo ocorrer em praticamente qualquer contexto no qual as pessoas interajam, tais como escola, faculdade/universidade, família, mas pode ocorrer também no local de trabalho e entre vizinhos. Há uma tendência de as escolas não admitirem a ocorrência do bullyingentre seus alunos; ou desconhecem o problema ou se negam a enfrentá-lo. Esse tipo de agressão geralmente ocorre em áreas onde a presença ou supervisão de pessoas adultas é mínima ou inexistente. Estão inclusos no bullying os apelidos pejorativos criados para humilhar os colegas.
As pessoas que testemunham o bullying, na grande maioria, alunos, convivem com a violência e se silenciam em razão de temerem se tornar as “próximas vítimas” do agressor. No espaço escolar, quando não ocorre uma efetiva intervenção contra o bullying, o ambiente fica contaminado e os alunos, sem exceção, são afetados negativamente, experimentando sentimentos de medo e ansiedade.
As crianças ou adolescentes que sofrem bullying podem se tornar adultos com sentimentos negativos e baixa autoestima. Tendem a adquirir sérios problemas de relacionamento, podendo, inclusive, contrair comportamento agressivo. Em casos extremos, a vítima poderá tentar ou cometer suicídio.
O(s) autor(es) das agressões geralmente são pessoas que têm pouca empatia, pertencentes à famílias desestruturadas, em que o relacionamento afetivo entre seus membros tende a ser escasso ou precário. Por outro lado, o alvo dos agressores geralmente são pessoas pouco sociáveis, com baixa capacidade de reação ou de fazer cessar os atos prejudiciais contra si e possuem forte sentimento de insegurança, o que os impede de solicitar ajuda.
No Brasil, uma pesquisa realizada em 2010 com alunos de escolas públicas e particulares revelou que as humilhações típicas do bullying são comuns em alunos da 5ª e 6ª séries. As três cidades brasileiras com maior incidência dessa prática são: Brasília, Belo Horizonte e Curitiba.
Os atos de bullying ferem princípios constitucionais – respeito à dignidade da pessoa humana – e ferem o Código Civil, que determina que todo ato ilícito que cause dano a outrem gera o dever de indenizar. O responsável pelo ato de bullying pode também ser enquadrado no Código de Defesa do Consumidor, tendo em vista que as escolas prestam serviço aos consumidores e são responsáveis por atos debullying que ocorram dentro do estabelecimento de ensino/trabalho.
Orson Camargo
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Sociologia e Política pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo – FESPSP
Mestre em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP
Texto extraído do site www.brasilescola.com

Hiperatividade ou falta de limites??

Pois é pessoal, sou muito solicitada a falar sobre este assunto que está na boca da sociedade, a Hiperatividade ou Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Para muitas famílias, este rótulo já é comum. Não se pode ver uma criança mais ativa ou agitada que logo se diz que é hiperativa. Será mesmo? É importante salientar que nem todo comportamento agitado se denomina como tal, que é extremamente necessário uma avaliação profissional com médicos neurologistas, neuropsiquiatras e psicólogos para que se chegue a um diagnóstico preciso do transtorno. Então, sempre que você ouvir alguém falando que o filho da fulana é "hiperativo" pense duas vezes antes de aceitar tal afirmação. Nós que trabalhamos no meio precisamos ter grande conhecimento no assunto para que possa ser passado adiante com muita clareza e riqueza de detalhes. Segue abaixo um texto muito interessante sobre o assunto que eu quis compartilhar com vocês. Espero reações sobre o tema. Um grande abraço!


Transtorno do Déficit de Atenção ou falta de limites?

Apesar do muito que já se tem dito sobre crianças com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com ou sem Hiperatividade) esse termo permanece gerando dúvidas em pais e professores. Afinal, como saber se a criança é apenas agitada, com poucos limites ou se é portadora desse transtorno?
No caso do TDAH, a criança apresenta primordialmente uma dificuldade generalizada para manter a atenção voluntária, ou seja, para dirigir e concentrar sua atenção naquilo que lhe é solicitado observar ou executar. Pode haver também uma atividade motora inútil, ou seja, a criança se movimenta sem objetivo claro: balança os pés, as mãos, o corpo, passa a maior parte do tempo se deslocando quando deveria estar quieta, pois não consegue se controlar. Pode ainda apresentar um grau acentuado de impulsividade, que a prejudica tanto no trato social como escolar, pois assim como responde antes do professor acabar de perguntar, pode se tornar excessivamente reativa ao meio e até agir agressivamente acabando por ter problemas sérios de relacionamento social.
São crianças e jovens que se deixam levar facilmente por suas emoções, desejos ou necessidades. Têm dificuldade para parar e pensar, antes de agir. Percebe-se ao longo do tempo, que essas crianças não conseguem deixar o modo impulsivo de adaptar-se ao meio, próprio dos primeiros seis anos de vida por um modo mais reflexivo que deve começar a surgir nessa idade, com a mediação dos processos atencionais.
A real dificuldade de selecionar estímulos, de manter a atenção sobre eles e as mudanças freqüentes do foco atencional, justificam a razão pela qual crianças portadoras de TDAH precisam de ajuda profissional para adquirir hábitos e estratégias cognitivas, que lhes permitam um desempenho escolar à altura de sua capacidade.
Como têm enorme dificuldade de encontrar uma motivação intrínseca por tarefas que não apresentem uma recompensa imediata ou que não sejam atraentes, os pais e professores freqüentemente ficam admirados com o diagnóstico, pois lhes parece estranho a criança só conseguir prestar atenção àquilo de que gosta...
Quando a questão da desatenção e da agitação excessiva pode ser controlada pelo indivíduo ou pelo meio, de modo eficaz, ao longo de várias horas e em diferentes situações, dificilmente se trata de uma criança ou um jovem com TDAH.
É importante saber ainda que, embora a hipercinesia tenda a diminuir com a idade, sabe-se que adolescentes com TDAH são mais adeptos a esportes radicais, a enfrentar aventuras e perigos do que seus iguais e, quando adultos, essa hiperatividade e impulsividade torna-se mais subjetiva, ou seja, conseguem ter uma atividade física menos exuberante, mas dedicam-se via de regra a estar sempre fazendo alguma coisa ou até mesmo fazendo várias coisas ao mesmo tempo.


Texto de Maria Irene Maluf (extraído do site www.guiadobebe.com.br)

Primeira Postagem

Sejam bem-vindos ao meu blog!
Me chamo Meline, sou psicóloga escolar e trabalho na área de educação há 7 anos. Criei o blog devido a uma necessidade do meu curso de especialização, mas já estou pronta e motivada para escrever um pouco sobre minhas vivências na área escolar, como também explanarei acerca do tema o qual me encanto tanto, o desenvolvimento infantil. Escreverei sobre cada fase do desenvolvimento e das atividades que são realizadas pelo psicólogo na escola. Espero que gostem dos textos e que possam contribuir também, por meio de mensagens e comentários.
Um abraço a todos e até a próxima postagem!